quinta-feira, novembro 01, 2007

No Caminho com Maiakovski (parte 2)

"Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem;
pisam as flores
matam nosso cão
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa
rouba-nos a luz, e
conhecendo nosso medo
arranca-nos a voz da garganta
E já não podemos dizer nada"
Eduardo Alves da Costa

Postei esse belo poema do carioca Eduardo Alves da Costa (injustamente atribuído por muitos a maiakovski por muitos).

É um poema que fala do medo, o medo que nos paralisa e nos faz aceitar situações absurdas.
Muita coisa aconteceu de lá pra cá.

A Engerpi foi criada, nos devolveram nossa gratificação, nossos salários, que por força de um acordo deveria ser pago no dia 20, é pago apenas no dia 5 do mês subsequente.

Tudo bem! Em relação a outros servidores somos privilegiados. E em relação aos trabalhadores de empresas privadas nem se fala. Deus me livre de trabalhar pros Claudinos de novo.

O danado é que do jeito que a coisa vai é bem possível que isso ocorra!

Mas, outra vez, como aconteceu no início do ano, ninguém tira férias em janeiro...

E ficamos calados, mais uma vez.