quinta-feira, fevereiro 22, 2007

Quem sabe faz a hora...

E já se vão 2 meses...

Brigamos, ficamos zangados, batemos na mesa e nos revoltamos, mas não fizemos nada.
Eles nos tiraram uma mixaria de quinhentos e sessenta e oito reais e uns trocados e não fizemos nada. Como na época em que ganhamos esse "privilégio", estamos esperando que outras pessoas lutem por nós.

Se nós mesmos não temos ânimo pra lutar pelas nossas conquistas como podemos esperar que outras pessoas o façam?

Quantos meses vamos ficar olhando nosso contracheque e chorando pelo dinheiro perdido?
Os R$ 568,06 já vão se transformar em R$ 1136,12. Agora a mixaria já é muito...

Vejo a pasmaceira e a complacência com que alguns colegas tratam do assunto:
"Não. Eles vão se reunir e decidir se temos o direito ou não!"
Nós temos que mostrar pra eles se temos o direito ou não. Façamos um teste e vejamos quanto tempo a SEFAZ aguenta uma paralisação nossa.

Ou vamos ficar esperando algo acontecer? Vamos ficar esperando alguém lutar a nossa luta? Vamos fazer o mesmo em relação à ENGERPI=LIXÃO?

Algumas pessoas já disseram que antes eram apenas 6 funcionários da PRODEPI na SEFAZ e não podiam fazer nada. Eu digo que podem ser 6 ou 6 mil, o que diferencia é a atitude do grupo e não a quantidade.

Como diz a letra da música: Quem sabe faz a hora, não espera acontecer...

São versos fortes e verdadeiros por isso ficaram tanto tempo proibidos.

quarta-feira, fevereiro 14, 2007

No Caminho com Maiakovski

"Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim
E não dizemos nada.

Na segunda noite, já não se escondem;
pisam as flores
matam nosso cão
e não dizemos nada.

Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa
rouba-nos a luz, e
conhecendo nosso medo
arranca-nos a voz dagarganta
E já não podemos dizer nada"
Eduardo Alves da Costa



Esse poema me voltou à mente devido aos acontecimentos dos últimos meses na PRODEPI/SEFAZ...
Primeiro eles nos tomaram, sem aviso, sem cerimônia, cerca de 1/4 dos nossos salários. Disseram que seria temporário.

Depois eles disseram que não iriam mais nos devolver o que perdemos pois isso gerava "anomalias" na folha de pagamento, pra mim, anomalia sempre é e sempre vai ser um funcionário de um outro órgão mandar na PRODEPI.

Agora, vendo nossa paralisia, eles arquitetam as nossas demissões, voluntárias, saindo para concurso ou voltando à iniciativa privada, involuntárias, forçados por uma situação insustentável que tende a ser essa coisa amorfa e fétida que me parece esse projeto chamado ENGERPI, que eu chamo categoricamente de LIXÃO.

Não sabemos o que seremos porque eles também não sabem.

Eles dizem que não perderemos direitos mas já perdemos, afinal a condição especial de trabalho foi algo que conquistamos, não seria eterna, já sabíamos disso, assim como já sabíamos que, na primeira oportunidade eles a tirariam.

Pela forma como foi feita não podemos esperar pra ver o que vai acontecer sob o risco de quando quisermos gritar ninguém mais nos ouvirá. Ou mostramos nossa força agora ou seremos esmagados pela máquina de moer carne que está se instalando nesse estado.

Eles querem tirar nosso sangue pra alimentar os sanguessugas que invariavelmente assumirão as novas secretarias que foram criadas, extintas e agora, por uma questão de acomodação de cupinchas e puxa-sacos incompetentes são novamente criados.

Eles destroem empresas públicas, ameaçando o emprego de funcionários concursados para dar emprego a assessores e paus mandados de suas "base aliada" que hoje é todo o mundo.

Eu sempre disse que o PT nacional havia me decepcionado, mas o estadual não. Bom agora eu cheguei, definitivamente, à conlusão de que esse partido precisa mudar de nome, pois ele é tudo, menos dos trabalhadores.

Assino como Zeca Bordoada, mas não me escondo: meu nome é Jesse James Matos Soares, sou Analista de Sistemas Jr. da PRODEPI, concursado e efetivo desde outubro de 2004