sexta-feira, dezembro 25, 2009

A Entoada da Prole

E veio o Jesse James
Que passa sem vexame
Quando vai fazer exame
Para o Vestibular.
E chegou a Janaína
Pra morar em Teresina
E beber só Cajuína
E pensando em se casar.
E Alcina sem intriga
Boa de sono, boa de briga
Que arranjou uma barriga
E dois filhos para criar.
No contrabando Emanuel
Que gosta de pão com mel
Foi falar com o coronel
Para ser um militar
Mas uma vez na folia
Eu entregue à orgia
Bebendo uma cerveja fria
Em uma mesa de bar.
Vi passar bem calma e quieta
Empurrando a bicicleta
Uma garota discreta
Pra minha vida mudar.
Eu que não pratico esporte
Senti o coração bater mais forte
Já tirei a grande sorte
E parti pra conquistar.
E a coisa foi mudando
E a gente se amando
E a gente só se dando
E vão ver no que vai dar.
Junto vem a Milena
Tão magrinha, tão pequena
Que a gente fez novena
Pra menina se criar.
E aí chegou o Kássio
Pensando que o mundo é fácil
Me ensinando num só passo
O cajuí apreciar.
E depois veio o Thiago
Parecendo um pouco gago
Me oferecendo um trago
Pra garganta aliviar.
Aí veio a Mariana
Pensando que me engana
Preparou uma gincana
Pra morte desafiar.
E ainda de trivela
Também veio a Emanuela
Com o frango na panela
Pra mode a gente rangar.
Agora pense num cara chato
Que cumpre sem contrato
Mesmo sendo um simples trato
Preguiçoso e beberrão.
É o homem que te ama
Mas também muito reclama
Só gelada se for Brahma
Homem vá lamber sabão.
Milton da Silva Soares
29/09/2006

quinta-feira, dezembro 24, 2009

Um pai, um filho e várias mentiras...

Essa é pra quem é pai e gosta dos filhos (não entram, obviamente, baianos que espetam os filhos).

Imagine que você é casado com uma americana e tem um filho de 4 anos.

Um belo dia a maluca viaja aos EUA com seu filho e ao chegar lá diz que não voltará mais e fica com seu filho, sem lhe dar chance de se despedir ou de falar com o garoto.

Obviamente que você entrará na justiça. Só que a justiça americana sempre dá ganho de causa à mãe.

A mãe se casa novamente (seria esse o amante dela? Não vamos especular) e após o parto do primeiro filho do outro casamento ela morre.

Você pensa: "Agora posso ter meu filho de volta!" - Mas o padastro (padastro??? Padastro não é quando o pai morre?), bom, aquele cara que diz pro seu filho que ele é que gosta do SEU filho e não você. Ele que é um advogado poderoso consegue na justiça a guarda do seu filho.

Depois de muitos anos (e o garoto crescendo com a família que o sequestrou) a justiça diz que você tem o direito de criar o SEU filho.

Aí um juizinho acostumado a soltar bandido do colarinho branco (vide Cacciola e outros) diz que o garoto tem que ser ouvido.

Olha o absurdo: o garoto que lhe foi tirado, que foi educado pela família que o sequestrou e que deve ter ouvido diariamente que é americano (embora se chame João e tenha nascido no Brasil) e que você é apenas um brasileiro nojento e sem coração querendo tirá-lo da família dele deve ser ouvido pelo juiz. O que você acha que o garoto diria?

Mas finalmente, de uma forma ou de outra a justiça americana repara essa enorme injustiça e lhe devolve seu filho.

A família americana sequestradora faz o espetáculo dela, leva o filho envolto em uma bandeira americana e dizendo que seu país o traiu e que vendeu o garoto, sendo que nada mais se fez que não justiça.

Qualquer semelhança com fatos e pessoas reais terá sido mera coincidência.